Mercado Livre compra KPL Soluções

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O Mercado Livre anunciou a compra da KPL Soluções, uma das maiores empresas brasileiras de soluções de gestão para o e-commerce.

A empresa pagará R$ 50 milhões, mais um adicional variável que será baseado na entrega de metas. De acordo com Helisson Lemos, diretor-geral do Mercado Livre, o custo total da compra não será revelado. “A negociação foi feita diretamente entre as duas companhias. Não tivemos nenhum banco assessorando”, disse em conversa com a imprensa.
Mesmo com o acordo, as companhias se mantêm independentes, funcionando em escritórios separados. “No dia a dia, a curto prazo, nada mudará na KPL e no Mercado Livre. Tanto para a empresa, como para os colaboradores”, diz Lemos. “Inclusive, os sócios fundadores da KPL, Fabiano Silva e Anderson Duarte, continuarão juntos com a gente.”

As metas que precisam ser alcançadas já foram definidas. Primeiro, a ideia é lançar um ERP – sistema de informação – para atender quem possui um site de e-commerce, mas deseja vender seus produtos em outras plataformas, com uma única gestão de dados e uma só logística.

No entanto, para Lemos, o maior desafio é tornar o ERP um sistema democrático que atenda ao micro, pequeno e médio empreendedor e fique hospedado na nuvem. “Essa missão é realmente inovadora, pois ainda tem muita gente que usa um sistema rudimentar para controlar as vendas, como um controle em Excel”, afirma o diretor.

Além disso, o foco está no crescimento da KPL. A empresa tem 10 anos de mercado, mais de 80 colaboradores e 300 clientes. Já o Mercado Livre tem 15 anos de história e está presente em 13 países. Mais da metade de sua receita, porém, vem do Brasil. “Essa união faz todo o sentido para as duas empresas. Aqui no Brasil é onde o nosso jogo é jogado. É a batalha mais importante para a empresa”, diz Lemos. O Mercado Livre faturou no ano passado US$ 556,5 milhões (aproximadamente R$ 1.718 bilhão) em 46,3 milhões de transações online.

Os planos de crescimento não param por aqui. “Temos um longo caminho a percorrer. Não estamos completos ainda, quem sabe no futuro possamos adquirir novas empresas”.

Fonte: epocanegocios.globo.com